Durante uma sessão global de relatórios, logo no primeiro dia, Baba chamou um certo dada até Ele. Baba perguntou-lhe como é que tinha sido a sua viagem. O dada respondeu que tinha corrido tudo bem. Depois Baba perguntou que tal era a comida no avião. O dada manteve-se calado e com a cabeça para baixo. Baba continuou dizendo que ultimamente diferentes tipos de animais e insectos tinham vindo até Ele, entrado pela Sua orelha direita e saindo pela esquerda, e relatando-Lhe o que é que os Seus a’caryas e margiis têm andado a fazer. Baba explicou que uma formiga veio até Ele na última noite e contou-Lhe algo sobre este dada especificamente. Depois Baba narrou a conversa com a formiga:
Formiga: Baba, tem algo muito importante para te relatar.
Baba: O que é?
Formiga: Baba, um dada que ontem veio para o RDS (sessão de relatórios) comeu algo tamasiko (comida estática) no avião.
Baba: Algo tamasiko?
Formiga: Sim, Baba. Eu senti que era o meu deve dizer-lhe para não comer aquela comida…
Baba: Espera um minuto. De que dever estás a falar?
Formiga: Baba, não é verdade que cada Ananda Margii tem um dever?
Formiga: Baba, um dada que ontem veio para o RDS (sessão de relatórios) comeu algo tamasiko (comida estática) no avião.
Baba: Algo tamasiko?
Formiga: Sim, Baba. Eu senti que era o meu deve dizer-lhe para não comer aquela comida…
Baba: Espera um minuto. De que dever estás a falar?
Formiga: Baba, não é verdade que cada Ananda Margii tem um dever?
Baba: Sim, cada Ananda Margi tem que ter um dever!
Formiga: Eu sou um Ananda Margii, Baba. Por isso, é o meu dever dizer-te sobre esse dada.
Formiga: Eu sou um Ananda Margii, Baba. Por isso, é o meu dever dizer-te sobre esse dada.
Baba: Sabes que cada Ananda Margii tem um acarya (professor espiritual)? Quem é o teu acarya?
Formiga: Baba, quando deste o Neo-Humanismo incluíste toda a gente – as plantas, os insectos, animais – todos e tudo. Baba, eu sigo o Neo-Humanismo; e por isso, eu sou um margii.
Baba: (acenando com a cabeça) Tudo bem, então e o que é que ele fez?
Formiga: Então, eu senti que era o meu dever dizer a esse dada para não comer essa comida porque tinha um bocado de ovo. Eu disse-lhe, Baba, mas eu sou tão pequeno e a mente dele é tão vasta que a minha voz perdeu-se na mente dele.
Baba: E então o que aconteceu?
Formiga: Eu senti mesmo que era o meu dever pará-lo. Eu gritei na mente dele, Baba, mas mais uma vez, eu sou tão pequena e a minha voz perdeu-se na mente dele. Mas como tinha mesmo que fazer algo para o informar, subi pela perna dele e mordi-o. Baba, ele sacudiu-me. Agora estou morta.
Baba: E então o que aconteceu?
Formiga: Eu senti mesmo que era o meu dever pará-lo. Eu gritei na mente dele, Baba, mas mais uma vez, eu sou tão pequena e a minha voz perdeu-se na mente dele. Mas como tinha mesmo que fazer algo para o informar, subi pela perna dele e mordi-o. Baba, ele sacudiu-me. Agora estou morta.
Após a sessão de relatórios terminar, o dada narrou o que tinha acontecido no avião. Explicou que quando fez a reserva tinha encomendado uma refeição vegetariana e especificou que deveria ser sem ovos, cebola, alho e cogumelos. Quando a comida foi servida, ele examinou-a, cheirou-a e provou-a, e pareceu-lhe completamente sentient(subtil). Após algumas dentadas, surgiu-lhe um pensamento que talvez pudesse haver algo tamasiko na comida. Examinou-a mais uma vez mas não encontrou nada de errado. Estava com tanta fome que continuou a comer. Quando estava a meio da refeição, o pensamento que a comida pudesse ter algo tamasiko voltou a aparecer. Mais uma vez, olhou e cheirou, mas tudo lhe parecia bem. Como estava com fome, decidiu acabar a refeição. Confessou também que sentiu uma picada e esfregou uma das pernas.